Depois de ver “Humanos”: Três questões filosóficas

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Filosofia 10º Ano Na sequência da visualização do documentário Human de Yann Arthus-Bertrand, os alunos de Filosofia, 10º ano, orientados pela professora Carla Sardinha, foram desafiados a refletir sobre algo que os desinquietasse. Cátia Ribeiros refletiu sobre três questões filosóficas.

Depois de ver “Humanos”: Três questões filosóficas No documentário Humanos de Yann Arthus-Bertrand encontrei três questões filosóficas: “O amor será felicidade e liberdade ou será infelicidade e obsessão?”, “Será que temos todos os mesmos direitos e as mesmas oportunidades?” e, por último, “Será que o dinheiro traz felicidade?” Quanto à primeira pergunta a resposta é muito subjetiva visto que todas as pessoas são diferentes e passam por histórias de vida diferentes. Por exemplo, no documentário, havia um senhor que presenciava e sofria de maus tratos, e o pai dizialhe que aquilo era amor, então ele entendeu que o amor era suposto doer. Mas não, o amor não é suposto doer, é suposto preencher-nos, completar-nos, é suposto seres tu própria, e seres amada por aquilo que és, é suposto crescerem juntos e aprenderem um com o outro. É claro que é normal haver desavenças, mas certamente que o amor vence tudo. Se a outra pessoa nos diz que nos ama, mas trata-nos mal, tanto psicológica, verbal ou fisicamente, então não é amor, é simplesmente falta de amorpróprio e falta de amor ao próximo. Quanto à segunda questão... Realmente, é verdade que não temos todos os mesmos direitos. Muitas vezes queixamo-nos, porque há dias que não nos correm bem e acreditamos que tudo nos corre mal, mas estamos a ser hipócritas, visto que, em comparação com outras pessoas, nós temos tudo, temos uma casa, temos comida, temos roupa, conseguimos ter cuidados higiénicos, temos o direito a cuidados de Escola Secundária Dr. Jorge Augusto Correia, Tavira


Filosofia 10º Ano saúde, temos o direito de ir à escola e focarmo-nos naquilo que desejamos, mas há pessoas no outro lado do mundo que não têm essa sorte... Há crianças que trabalham arduamente todos os dias e nós até poderíamos ignorar esse facto e pensar que isso só acontecia antigamente, mas infelizmente continua a acontecer. Há países muito empobrecidos onde as pessoas trabalham durante horas, todos os dias, na produção industrial, para que nós possamos comprar os nossos bens, a maior parte das vezes supérfulos. Essas pessoas vivem em condições miseráveis e o que ganham num dia é insuficiente para se alimentarem.

Como o ditado diz “uns com tantos e outros com tão pouco”, é verdade. Há tantas pessoas que têm tanto dinheiro e nem sabem o que devem fazer com ele, quando há pessoas que realmente precisam. Por último: será que o dinheiro traz felicidade? Acredito que sim, porque ter dinheiro dá-nos o direito à liberdade. Por exemplo, se quiser ir viajar e tiver dinheiro para pagar a viagem, eu consigo realizar esse desejo. Ter dinheiro dá-nos acesso a uma multiplicidade de bens que nos tornam felizes, pois conseguimos alimentar-nos, cuidar da nossa saúde, ter uma casa, etc... Com isto não quero dizer que as pessoas que vivem nos países mais empobrecidos sejam infelizes, mas fazem muitas coisas contra a sua vontade e não recebem “nada” em troca. Cátia Ribeiros, Nº 6, 10ºA3 2020/2021 Escola Secundária Dr. Jorge Augusto Correia, Tavira


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